terça-feira, 30 de setembro de 2008

tuas mãos




tuas mãos, como espada

são cortantes punhais;

são luas de madrugada

trespassando meus ais.



*foto de autor desconhecido retirada da net

terça-feira, 23 de setembro de 2008

verde, verde...


verde, verde…

verde sonolento varrido pela brisa dos ventos,

verde…

esperança amarrotada,
espera de sonhos cansada …

verde…

tenro, viçoso qual donzela florada,
é pasto dos sonhos,
repasto do outono…

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

11 de Setembro, o que a memória não apaga...



Pela negativa, o dia 11 de Setembro é "rico" em memórias calcinadas de dor.

Dois tristes factos ocorreramm nesse dia.

Sobre eles, poderia alongar-me.

Não o farei. Contudo, quero aqui deixar algumas palavras sobre o que, em anos distintos ocorreu nesse dia.

O derrube do governo de Salvador Allende, no Chile e o que se seguiu e o ataque terrorista às Torres Gémeas, em Nova Iorque , são acontecimentos que não podem, nem devem ficar no esquecimento.

Discorde-se ou não da politica americana, o ataque terrorista em Nova Iorque e a morte que daí resultou, não pode deixar de ser condenado, nem tão pouco deve ficar no esquecimento de quem quer que seja.

O terrorismo não é, nem nunca poderá ser uma forma de impor ideias, doutrinas ou retaliação.

O que aconteceu em Nova Iorque é perfeitamente miserável e indigno.

Miserável e indigno foi, igualmente, o que anos antes e neste mesmo dia, se passou no Chile com o derrube, pela camarilha de Pinochet, do governo de Salvador Allende, democráticamente eleito.

Por defenderem o governo, a liberdade e a democracia, milhares de cidadãos foram selvaticamente mortos, feitos "desaparecer" ou encarcerados no segredo da ditadura implantada

Vivi à distância ambos os acontecimentos ainda que no caso do Chile me tenha envolvido em acções de solidariedade a favor dos exilados ou dos que viviam clandestinamente no Chile.

Em seu beneficio escrevi o poema "Pinochile" o qual circulou em nucleos da oposição à ditadura de Pinochet.

Desse tempo, recordo aqui os companheiros Juan Araya e Aniceto Rodriguez, este, ex senador e ambos membros do Partido Socialista Chileno.

Tantos anos depois, sem perigo, sai do fundo da gaveta uma foto de 1979 duma dessas reuniões de análise politica e de que solidariedade prestar


Da esquerda para a direita e em círculo, JVS, Juan Araya (encoberto propositadamente já que ía partir para a América do Sul...), António Janeiro e Aniceto Rodriguez.

Em Setembro, o dia 11 será sempre um dia a lembrar na memória daqueles que lutam, trabalham e defendem a liberdade e a democracia na luta por uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Estou de volta!



agradeço as palavras de simpatia e apreço que, entretanto, fizeram chegar...

ailime
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