terça-feira, 26 de outubro de 2010

serei na tua cama...


serei na tua cama
o lençol,
a cobertura,
a trama,
o sol,
a tua ternura.

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

s. c. c.


somos uma sociedade
de consumo
consumida
- pelo exagero das coisas usuais.

somos uma sociedade
anónima
de responsabilidade
limitada
- sem dividendos
anuais.


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do meu livro "meio tom" / Lisboa,1973

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

quando o poeta é...


quando o poeta é maiúsculo
e a pele tem a sensibilidade do toque,

não há questiúncula,
não há remoque

que lhe ampute a ideia,
a determinação do ser…

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

desenrolas o gesto...


desenrolas o gesto no abraço do corpo
dando luz à penumbra dos sentidos…

…como se o dia amanhecesse no ocaso
e a noite engolisse os sonhos do despertar…

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Foi há cem anos...

O movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se naturalmente na sequência da acção doutrinária e política que, desde a criação do Partido Republicano, em 1876, vinha sendo desenvolvida.

Aumentando contraposição entre a República e a Monarquia, a propaganda republicana soube tirar partido de alguns factos históricos de repercussão popular: as comemorações do centenário da morte de Camões, em 1880, e o Ultimatum inglês, em 1890, foram aproveitados pelos defensores das doutrinas republicanas que se identificaram com os sentimentos nacionais e as aspirações populares.

Elias Garcia, Manuel Arriaga, Magalhães Lima, tal com o operário Agostinho da Silva, foram personagens importantes dos comícios de propaganda republicana, em 1880.

Assim começou o fervilhar de emoções que culminaram com a implantação da República em 5 de Outubro de 1910, precisamente há cem anos.

Meu avô paterno João Antunes dos Santos foi um dos activistas do movimento republicano e um dos seus revolucionários.

Aqui o lembro e nele homenageio toda essa gesta de homens bravos e destemidos que puseram fim à monarquia.

...Para que deixássemos de ser subditos e passássemos a ser cidadãos!


Cartão de militante do Partido Republicano de meu avô.


Rosetas que pertenceram a meu avô e que, antes da República, eram usadas no interior dos chapéus para os republicanos se identificarem.

Algumas fotos das diversas peças originais que possuo sobre a Republica e que herdei de meu avô...


Peça de artilharia desativada, recolhida na Rotunda, hoje Praça Marquês de Pombal


Cinzeiro de cerâmica de 1910


Busto da República - Barcelos 1911



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Meu avô paterno esteve ligado à constituição / fundação de diversas instituições, entre as quais destaco:
Jardim Zoológico de Lisboa, Inválidos do Comércio, Associação de Socorros Mutuos dos Empregados do Comércio de Lisboa e Junção do Bem.

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Na familia a Republica tem outros rostos na luta à causa,
meu avô materno José Maria Videira e seu irmão Joaquim Videira, meu tio - avô.

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5 de Outubro de 2010
Alguns aspectos das cerimónias comemorativas da Republica na Camara Municipal de Lisboa (onde a Republica foi proclamada a há cem anos)