segunda-feira, 4 de outubro de 2010



Foi há cem anos...

O movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910 deu-se naturalmente na sequência da acção doutrinária e política que, desde a criação do Partido Republicano, em 1876, vinha sendo desenvolvida.

Aumentando contraposição entre a República e a Monarquia, a propaganda republicana soube tirar partido de alguns factos históricos de repercussão popular: as comemorações do centenário da morte de Camões, em 1880, e o Ultimatum inglês, em 1890, foram aproveitados pelos defensores das doutrinas republicanas que se identificaram com os sentimentos nacionais e as aspirações populares.

Elias Garcia, Manuel Arriaga, Magalhães Lima, tal com o operário Agostinho da Silva, foram personagens importantes dos comícios de propaganda republicana, em 1880.

Assim começou o fervilhar de emoções que culminaram com a implantação da República em 5 de Outubro de 1910, precisamente há cem anos.

Meu avô paterno João Antunes dos Santos foi um dos activistas do movimento republicano e um dos seus revolucionários.

Aqui o lembro e nele homenageio toda essa gesta de homens bravos e destemidos que puseram fim à monarquia.

...Para que deixássemos de ser subditos e passássemos a ser cidadãos!


Cartão de militante do Partido Republicano de meu avô.


Rosetas que pertenceram a meu avô e que, antes da República, eram usadas no interior dos chapéus para os republicanos se identificarem.

Algumas fotos das diversas peças originais que possuo sobre a Republica e que herdei de meu avô...


Peça de artilharia desativada, recolhida na Rotunda, hoje Praça Marquês de Pombal


Cinzeiro de cerâmica de 1910


Busto da República - Barcelos 1911



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Meu avô paterno esteve ligado à constituição / fundação de diversas instituições, entre as quais destaco:
Jardim Zoológico de Lisboa, Inválidos do Comércio, Associação de Socorros Mutuos dos Empregados do Comércio de Lisboa e Junção do Bem.

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Na familia a Republica tem outros rostos na luta à causa,
meu avô materno José Maria Videira e seu irmão Joaquim Videira, meu tio - avô.

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5 de Outubro de 2010
Alguns aspectos das cerimónias comemorativas da Republica na Camara Municipal de Lisboa (onde a Republica foi proclamada a há cem anos)





13 comentários:

Lina Querubim disse...

Boa noite,
viva a Republica agora esperava que a democracia fosse igualdade para todos!
Estou a ver as coisas muito negras...espero que a luta do seu antepassado continue a valer a pena porque isto vai de mal a pior!
Boa semana bjs

Rosette disse...

Caro João,com uma familia assim,bem pode orgulhar-se dela.
No meu abraço,o meu Viva a Republica!

Joice Worm disse...

Um grande abraço para ti, João. Obrigada pela força!! Viva a Républica!

Graça Pires disse...

Viva a República!
Beijos.

Em@ disse...

Obrigada pela visita com rasto de pegada visível.
interssante e didáctico este post.
Viva a República!
abraço

Anónimo disse...

João, vim lhe agradecer o seu ótimo comentário deixado em meu blog Teatro da Vida. Muito obrigada!

Beijo,
Lara.

RENATA CORDEIRO disse...

Belo* Viva a Liberdade*
Beijo, amigo.

VOU CONTIGO

Quando estou só, eu sonho com o horizonte, e me faltam as palavras.
Não há luz numa sala sem sol
E não há sol se não estás comigo.
De cada janela, me abres o coração, o coração que tu conquistaste.
Em mim derramaste a luz,
A luz que havia à beira da estrada.
Vou contigo
A lugares que eu nunca vi nem estive
Agora, eu tenho, vou navegar em barcos pelos mares,
Mares que já não existem,
Vou contigo.

Quando estás distante, eu sonho com o horizonte e me faltam as palavras.
E é claro que eu sei que estás comigo.
Tu, minha lua, estás comigo.
Meu sol, tu estás aqui comigo.

Vou contigo
A lugares que eu nunca vi nem estive
Agora, tenho, vou navegar contigo em barcos pelos mares,
Mares que já não existem.

Vou revivê-los contigo
Vou contigo em barcos pelos mares
Mares que já não existem
Vou revivê-los com você
Vou contigo.

Tu e eu.

By Renata Cordeiro.

Espera-me!

Paralelo Longe disse...

João,

Gostei particularmente do orgulho que sente na contribuição dos seus antepassados para a causa da República. Orgulho esse que em nada se confunde com vaidade. Orgulho esse do qual eu também partilho, por razões particulares, como bem sabe. Apraz-me a sua colecção de pequenas recordações, peças simbólicas de um passado distante, enriquecedor das nossas raízes. Um beijo e fico a aguardar o próximo post.

Priscilla Marfori... disse...

Que bacana, um blog com cultura em história!
1000!
Abraços.

Priscilla Marfori... disse...

Estou te seguindo me segue também? assim não perderemos contato!
Abraço.

Bia disse...

João!
E viva a República!Gostei muito de seu blog!!

Um beijo,

Bia

Vivian disse...

...é lindo este sentimento de
patriotismo, mesmo que nossos
políticos não o respeitem
em toda parte do mundo.

bj, querido!

Tite disse...

Caro João,

Começo por lhe agradecer a visita ao meu estaminé clubístico.

Agora sobre a República devo dizer que admiro o seu orgulho por sentir a vibração de saber que, lá longe, o seu sangue também andou envolvido em aventuras revolucionárias mais tarde confirmadas por si próprio na revolução anti-fascista.

Nos posts relacionados com poesia, confesso que tenho receio de fazer apreciações individuais já que, por mais sensibilidade que eu tenha não consigo fazer um poema.

Esta sua capacidade faz de si um bom manipulador da palavra. Parabéns pelo muito que já li mas não comento para não me repetir.