quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

meu corpo dos dias vãos

                                                          
meu corpo dos dias vãos
sem que amor lhe passe
é escondido entre mãos
na nudez do disfarce.
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minha alma distante
de manhãs nevoentas
se perde no errante
das tardes sonolentas.
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meu dia, meu gigante
cansado entre visões
se perde no farsante
sussurro de perdões.
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meu dia, meu gigante
de sesta estivais
se acha incessante
entre mágoas e ais.
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meu sonho sendo ideia
sem ter rumo distante
é certeza que vagueia
na verdade gritante.
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minha força ausente
de auroras sem partida
se acha no presente
na verdade sentida

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Lembrança sentida à memória do Maestro Rocha Oliveira
que tão bem soube interpretar e musicar
a minha poesia.

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Musica: Maestro Rocha Oliveira
Interprete: Corina
Gravação: "Rapsódia" / PORTUGAL
Direitos de autor assegurados pela
Sociedade Portuguesa de Aurores / SPA / LISBOA / PORTUGAL

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